domingo, 29 de junho de 2008

P'las vielas mais antigas...

(Vieira da Silva)

Não te chamo para te conhecer

Eu quero abrir os braços e sentir-te

Como a vela de um barco sente o vento



Não te chamo para te conhecer

Conheço tudo à força de não ser



Peço-te que venhas e me dês

Um pouco de ti mesmo onde eu habite

(Sophia de Mello Breyner Andresen)


[O poder que certas coisas têm sobre nós. Por isso é que gosto de partir, ficar.. ficar.. ficar.. e quando tenho mesmo de voltar, volto. Por vezes sou assim, uma espécie de esponja que absorve tudo, e nesse tudo consigo ser feliz, mesmo que por dentro me tenha tornado pequenina demais devido á mesquinhez e à maldade do mundo... Mesmo que tudo não esteja no equilibrio, mesmo que tudo não faça sentido!]


terça-feira, 24 de junho de 2008

Passos Mágicos...

Através da dança conseguimos fazer sair de dentro de nós sentimentos que se tornariam impossiveis de expressar através de palavras...
O corpo com os seus movimentos revela sentimentos de felicidade, de ódio, de amor, de medo...
Revela estados de espírito.
Faria um D' ANGE SAUT.
Elevar-me-ia pelo ar...
Mas hoje quero UN PASS DE DEUX finalizado A TERRE..
Queres ser o meu par?

domingo, 22 de junho de 2008

Perfume & Rui Veloso

Eles chamam-se "Per7ume".

Alguns dos seus elementos eram dos Ornato Violeta e dos Blunder.

"Queimar algo para libertar perfume é um recurso muito antigo. A própria palavra "perfume" sugere, aliás, sua origem fumegante. Tanto o português "perfume", como o francês "parfum", o italiano "profumo" e o inglês "perfume" derivam efectivamente do latim ..fumus.., talvez numa referência às volutas de fumaça perfumada que subiam aos céus durante os ritos em homenagem aos deuses. Hoje Perfume é algo mais que isso, é o apelo ao sentido mais nobre de todos e é curiosamente transformado em música... "

E eu gosto da sonoridade desta música...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Duas gramas de felicidade...


A felicidade não depende só de nós...

Engraçado como a felicidade de outra pessoa nos consegue fazer também feliz.

Hoje partilhei momentos cheios de alegria com uma amiga...

E só não chorei por vergonha eheh

O rosto dela todo ele era luz...

É tão bom!

É tão bom deixar entrar este tipo de sorrisos na nossa vida!

Faz-nos bem!

Alimentam-nos e dão-nos a coragem de seguir em frente e ser persistentes...

Ai... até fiquei com uma pontinha de ciúme!!! Eheh



É bom quando temos pessoas ao nosso redor que nos ajudam momentaneamente
a viver felizes mesmo sem se aperceberem.

domingo, 15 de junho de 2008

Em forma de coração...

Encontrei-o nos meios de outros irmãos, era grande e chamou-me a atenção.
Achei bonito o facto de estar ali.
Nunca tinha encontrado nada igual, pelo menos com esta forma espantosa.
Tirei-o da terra, limpei-o, embrulhei-o com jeitinho e trouxe-o para casa.
O seu tempo de permanecer ali, no escuro, tinha terminado.
Era necessário uma nova casa.
E disse ao meu pai... Essa não vai..
Os corações não se vendem, oferecem-se!
O meu pai sorriu, a minha mãe também e assim foi...
trouxe-o para casa, achas que cabe no teu peito??

sexta-feira, 13 de junho de 2008

[...]


E quando queremos muito uma coisa....

... todo o mundo conspira para que isso aconteça!!!!!


(Li algures.... á muito muito tempo... acho que se tornou numa das minhas frases favoritas... e não é que é tão verdadeira....)

terça-feira, 10 de junho de 2008

O Grito da Gaivota


Emmanuelle Laborit é surda profunda. Neta do cientista Henri Laborit, actriz agraciada com o Prémio Molière, é a protagonista deste testemunho, marcado pela memória de um crescimento que se viveu diferente; testemunho de uma vida, vista pelos olhos de uma menina, contado pelo sentir de uma mulher. Relato pessoal e subjectivo de alguém que cresceu no mundo do silêncio, que nunca aprendeu a viver à distância da comunicação, e que acaba por se libertar de um mundo que não precisava de ser assim. O Grito da Gaivota confronta-nos com uma realidade de que em geral pouco conhecemos, e convida-nos a partilhar as experiências, tantas vezes dolorosas, do dia-a-dia dos que vivem envoltos no silêncio e na incompreensão.


Sem dúvida, um livro fantástico!
Transporta-nos a uma realidade completamente diferente, alertando-nos em certas passagens para coisas que jamais pensamos por não sermos surdos.
Leiam-no... simples, pequeno e deveras interessante.

(Emmanuelle Laborit)


"Os que ouvem têm tudo a aprender com aqueles que falam com o corpo.
A riqueza da sua língua gestual é um dos tesouros da humanidade."

"Os outros ouvem, eu não.
Mas tenho olhos, que forçosamente observam melhor do que os deles.
Tenho as minhas mãos que falam..."


Já agora deixo-vos em tom de curiosidade, o abecedário gestual...
Parece dificil mas não é ;) questão de prática mesmo!!!

domingo, 8 de junho de 2008

Fuga...


Há alturas em que necessitamos mesmo de nos encontrar connosco próprios.
Este foi um fim de semana assim.



Parti numa aventura em alto mar para uma ilha que adoro.

Berlengas é o seu nome...


Algures perdida no meio do mar e de uma beleza estonteante, este é um dos sítios que mais gosto e então quando a palavra barco entra... ui... nem falo!
É de uma sensação espectacular, cortar as ondas em alto mar, dançar ao som das mesmas!

Tive a vantagem de ter um barco apenas para mim, logo aí.. a viagem já tinha valido a pena... e acreditem que o mar não estava propriamente mansinho.. mas a sarria do mar na minha cara e o vento que me fazia parecer voar naquela imensidão levou-me a outros confins.
Esperavam-me na ilha, e o forte acolheu-me de braços abertos.



Bem grandeoso, bem acolhedor (mesmo tendo apenas água salgada e fria para consumo....) .

A noite lá é mais bonita, mais que aqui deste lado. A lua é mais brilhante, as estrelas parecem que estão tão próximas... é a sensação de no meio do breu estares deitado de barriga para cima a contemplar um céu lindíssimo em que tens a sensação que se esticares o braço consegues alcançar todas as estrelas.
Entre passagens da Moby Dick, poemas de Pablo Neruda, histórias de Pequenas Sereias, sacos-cama para aquecer, chá françês e bolo de iogurte cairam algumas estrelas cadentes, deixaram restos de poeiras cósmica, aparas flourescentes (mas onde é que eu já ouvi isto??) e foram feitos alguns pedidos como é hábito...
A noite lá é sem dúvida bela e o somzinho de fundo, o piar das gaivotas, dá um toque especial à coisa! (Sabem que as gaivotas estão a nidificar?? Vi montes de ovos a serem chocados... bem estão a imaginar eu a aproximar-me da mãe gaivota... ui... é mãe.. e as mães protegem, fantástico!

Além de todo o cenário fantástico rodeado por água, o mergulho é praxe, nem que seja entrar e sair, é como que um baptismo. A água é horrivelemente GELADA!!!!! Mas depois sabe tão bem!!!!!

Depois há sempre aquela melancolia, própria de quem vai para um sítio assim, sentimo-nos mais dispertos a pensar, a absorver o que está à nossa volta.. o mar parece que nos faz algum tipo de encantamento, qualquer coisa fora de série.


Dei por mim a pensar em como tenho a vantagem de ter o mar presente no meu dia a dia.. serve-me de terapia, sem dúvida!


E fez-me bem! Muito bem... (tirando a dor nos gémeos e nos braços.. sim, sim, não é pêra doce subir e descer até ao forte com a tralha ás costas!)


Vim mais fresca, não mais bronzeada (é impossivel), mais animada, um pouco mais feliz e fiz mais amigos, um em especial que me fez companhia por algum tempo... o que é maravilhoso!


Cá está... esta gaivota acompanhou o barco por mais de meia hora...
Foi boa a sua companhia...
Eras tu??

segunda-feira, 2 de junho de 2008


E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente.
Nem uma só palavra, nem um só tom, nem uma só cor.
Nem um só toque, nem um só beijo, nem uma só sensação.
Apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.


E escrevo-o para ti, que sabes, que sentes, que amas como eu.
Agarra a tua felicidade eu agarrarei a minha.
Um dia encontraremo-nos em Tar, planeta de sonho.
Porque acredito que a nossa história jamais terá um fim.


Vai... Voa...


Deolinda...


"O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho..."
Deolinda é um original projecto de música popular portuguesa (MPP), inspirado pelo fado e as suas origens tradicionais. Formado em 2006 por 4 jovens músicos com experiências musicais diversas (jazz, música clássica, música étnica e tradicional), procuram, através do cruzamento das diferentes linguagens e pesquisa musical, recriar uma sonoridade de cariz popular que sirva de base às composições originais do grupo.

Fado Toninho




Fantástico todo o cd...
Fantática música esta...
Bem para ti ;)